21 de mar. de 2010

Diferenças entre Webjornalismo, Jornalismo Eletrônico, Jornalismo Digital, Jornalismo Online e Ciberjornalismo.

Norte-Americanos utilizam os termos Jornalismo Digital ou Jornalismo Online e os autores de língua espanhola preferem Jornalismo Eletrônico.
O autor Helder Bastos utiliza a equação: Jornalismo Eletrônico = Jornalismo Digital + Jornalismo Online, onde "fazer apuração" é Jornalismo Online e desenvolver e disponibilizar produtos é Jornalismo Digital.
Trabalhar em um computador para gerenciar um banco de dados no momento de elaborar uma matéria é um exemplo da prática do Ciberjornalismo. Já o termo Online nos leva à idéia de conexão em tempo real, mas nem tudo o que é digital é Online.
(MIELNICZUK, L. Jornalismo na web: Uma contribuição para o estudo do formato da notícia na escrita hipertextual. Tese de Doutorado. Salvador, UFBA, 2003)

Blog, intranet e portal

"Blogs são muito mais que uma simples interface facilitada para a publicação individual, como são freqüentemente definidos. [...] blogs são espaços coletivos de interação que podem converter-se em um ponto de encontro. De acordo com Mielniczuk (2003, p. 40), o webjornalismo (estamos utilizando o termo digital como referente ao webjornalismo ) de terceira geração tem seis pontos característicos: interação; personalização; hipertextualidade; multimidialidade ou convergência; memória; atualização contínua ou instantaneidade.
O blog deve ser caracterizado a partir das ferramentas (softwares) comuns na blogosfera: interação; publicidade (ou visibilidade); interação/visibilidade; visualidade. A ferramenta apenas de interação é o hiperlink de comentário, que direciona o leitor para uma página de discussão. As ferramentas de interação/visibilidade são o trackback (hiperlink utilizado para referenciar uma postagem) e o blogroll (coleção de links). Os softwares de publicidade são dois, o feed (ferramenta para o leitor acompanhar um blog ou site) e o permalink (link de uma postagem específica, que pode ser enviado a outro navegante). Por fim, as ferramentas de visualidade são aquelas ligadas às possibilidades de configuração da página, à facilidade e agilidade no manuseio do dispositivo e na inserção de conteúdos multimídia (texto, imagem, podcast e videocast, além de infográficos e animações)". (Martins, A.V. e Paiva, C.C. As Ferramentas da Blogosfera e as Características do Webjornalismo. Em III Simpósio Nacional ABCiber, Nov/2009 . São Paulo.ESPM/SP - Campus Francisco Gracioso).

Intranet: é uma rede de computadores semelhante à Internet, porém é de uso exclusivo de uma determinada organização, ou seja, somente os computadores da empresa podem acessá-la.

Portais: são páginas na internet que servem como ponto de acesso direto a um conjunto de serviços e informações. O portal permite que o usuário encontre, em uma mesma página, acesso a e-mail, vídeos, notícias, entretenimento, esportes, downloads, jogos, rádios, blogs, fotologs, sites de humor e informações sobre programação de TVs, entre outros serviços e conteúdos. Os portais podem ser horizontais - permitindo acesso a vários tipos de informação e serviços - ou verticais - concentrando links para conteúdo sobre um assunto específico.



15 de mar. de 2010

Manual de Redação da Folha - versão eletrônica

Escrever bem é uma arte. Muitos de vocês devem ter um manual de redação. De toda forma, disponibilizo um endereço que dá acesso à versão eletrônica do Manual de Redação da Folha. É um bom manual. Usem e abusem: http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_introducao_1.htm.


" A fim de traduzir em normas a sua concepção de jornalismo, a Folha criou em 1984 o Manual Geral da Redação. O texto não se limitava a impor regras gramaticais e padronizar a linguagem. Dava ao jornalista noções de produção gráfica, definia conceitos e servia como base para discussões no dia-a-dia da Redação. Esse manual teve uma segunda edição, revista e ampliada, em 1987. Em 1992, a Folha editou o Novo Manual da Redação. Nele, as regras anteriores se flexibilizavam, admitindo nuances, deixando de lado uma padronização considerada intransigente." 

8 de mar. de 2010

Para lembrar: Gêneros Jornalísticos - OPINATIVO

"Muito antes de ser informativo ou interpretativo o jornalismo foi opinativo, como se via no panfletismo ideológico da Revolução Francesa. Na segunda metade do século 19 e nas primeiras décadas do século 20, o atual jornalismo empresarial dos EUA não destoava de escolas jornalísticas da época, como a francesa e a inglesa: praticava-se um jornalismo muito mais opinativo e tendencioso do que informativo. O veículo era usado apenas para manipular os fatos de acordo com os interesses do grupo ou da família proprietária do jornal – o que ainda ocorre, em pleno alvorecer do Terceiro Milênio, em muitas cidades do interior do Brasil, como verificam os próprios estudantes de Jornalismo.
[...] Nos anos 30, com o bom êxito do jornalismo interpretativo nascente, os dirigentes de jornais observaram que tinham em mãos um negócio de futuro. Assim, os jornais foram se profissionalizando e se organizando em empresas bem-estruturadas.
Cada gênero passou a ter sua valorização específica. A notícia ganhou formato de indagação imparcial sobre os fatos, condensando no lead tudo o que era preciso para prender a atenção do leitor interessado na informação. A reportagem mais profunda procurava interpretar a realidade consultando especialistas nos assuntos tratados e esclarecendo as origens, as circunstâncias e as conseqüências do fato.
[...] O opinativo ganhou a página dois para o editorial da empresa, além de artigos assinados. Colunas e demais textos assinados, em todo o jornal, revelam a característica de um texto voltado para a persuasão opinativa. As próprias agências passaram a enviar despachos devidamente assinados pelos seus melhores repórteres. Os jornais distribuíram correspondentes, que passaram a enviar matérias opinativas". (Pedro Celso Campo, professor da Unesp-Bauru-SP).

Em Jornalismo Opinativo, José Marques de Melo (2003) assinala que há dois núcleos de interesse em torno dos quais o discurso jornalístico se articula:
a) A informação, cujo interesse é saber o que se passa.
b) A opinião, cujo interesse é saber o que se pensa sobre o que se passa.
Segundo o autor, os gêneros do primeiro núcleo (universo da informação) “se estruturam a partir de um referencial exterior à Instituição Jornalística: sua expressão depende diretamente da eclosão e evolução dos acontecimentos e da relação que os mediadores profissionais (jornalistas) estabelecem com seus protagonistas (personalidades ou organizações)”. (MELO, 2003, p.65).
Quanto aos gêneros situados no segundo núcleo (universo da opinião), a estrutura da mensagem é “co-determinada por variáveis controladas pela instituição jornalística. Assumem duas feições: autoria (quem emite a opinião) e angulagem (perspectiva temporal ou espacial que dá sentido à opinião)” (MELO, 2003, p.65).

Tipos de textos opinativos:

Editorial: expressa a opinião institucional e apócrifa (sem assinatura individual) do jornal. Comentário: mantém uma íntima ligação com a atualidade, e é produzido a partir do que está ocorrendo.

Artigo: apresenta-se como colaboração espontânea ou solicitação não necessariamente remunerada, o que confere liberdade completa ao seu autor.

Resenha: propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele.

Coluna: se mantém com informações curtas, em notas, ou observações do cotidiano, em linguagem de crônica.

Caricatura (charge): comentário visual dos fatos, caricatura política ou de personagens do noticiário.

Carta: texto produzido pelo leitor, inteiramente independente da linha editorial do jornal.

 
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