"O paciente é tratado como cliente de loja. Se o médico gastar tempo com amor, não tem retorno financeiro. Só ganha dinheiro se dá remédio ou faz alguma intervenção cirúrgica".
Para a pauta desta semana (01.03 a 06.03), vocês terão como foco o trabalho realizado em hospitais de todo o país que consiste em levar humor e esperança como auxiliares no tratamento de doenças. O trabalho é conhecido como Doutores da Alegria.
Doutor e palhaço
Quem vê o médico americano Patch Adams com nariz de palhaço e cabelos coloridos pode achar que ele acabou de sair de um circo. É quase isso. Há três décadas, Adams transforma os quartos dos hospitais que visita em um verdadeiro picadeiro. Sua especialidade é animar pacientes com brincadeiras para reduzir o sofrimento deles.
A vida de Adams foi retratada em 1998 no filme O Amor É Contagioso, com o ator Robin Williams no papel principal, e serviu de inspiração para o surgimento de vários grupos doutores da alegria, espalhados pelo mundo.
Alegria
O médico é autor de três livros, dois deles publicados no Brasil. Neles, Adams defende sentimentos como humor, compaixão, alegria e esperança no tratamento de pacientes e diz que o medo que os médicos têm de cometer erros destrói a relação médico-paciente.
Aos 58 anos, Adams dirige o Instituto Gesundheit (saúde, em alemão), nos Estados Unidos, que atende pacientes de graça. Também dá palestras e cursos em vários países. De Arlington, cidade onde mora com a mulher e dois filhos, Adams concedeu entrevista a VEJA.
ENTREVISTA – VEJA 25/02/2004. A íntegra da entrevista pode ser consultada pelo link: http://veja.abril.com.br/250204/entrevista.html.
Informações: Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) fechou parceria com ONG Doutores da Alegria – 33558081/8166 – Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde do DF. O site da ONG é http://www.doutoresdaalegria.org.br/